Ciência Aberta

breve reflexão

Autores

Palavras-chave:

Ciência Aberta, Comunicação científica, Acesso aberto

Resumo

No centro da discussão sobre os limites do acesso à informação em âmbito científico é possível identificar diferentes interpretações sobre quais os limites deste acesso.

A ciência aberta em sua essência trata do livre acesso à informação, o que, para a investigação científica, representa o cerne da busca e da construção do conhecimento. Assim, nessa direção, a ciência aberta, de acordo com Antunes, Sanches e Lopes (2017), vem da busca pela informação livre de barreiras, universidades e demais instituições de pesquisas, gerando descobertas e possibilitando o acesso livre a essas descobertas como parte de um ciclo vital em constante renovação.

Entre os pilares da ciência aberta, é preciso levar em conta a investigação aberta atrelada ao acesso aberto, e a ciência cidadã, fundamentada na apropriação social do conhecimento, sem ignorar a relevância da transparência para quaisquer práticas.

O recolhimento dos dados para uma comunicação científica deixa de ser algo individual e pessoal e dá espaço para divulgação total na web, valorizando a produção intelectual e o uso dos dados por meio da utilização da Web e facilitando a colaboração científica e a disponibilização e reutilização dos dados (ROLLO, 2016).

As tecnologias digitais contribuíram para uma revolução no acesso à produção científica, daí refletir por que alguns autores ainda não se utilizam dessas tecnologias para divulgar e disseminar suas obras em grande escala (SUBER, 2012).

Segundo Suber (2012), o acesso aberto “é o nome de um tipo revolucionário de acesso a esses autores, livres de um motivo de ganho financeiro, são livres para fornecer o conhecimento aos seus leitores”.

Instituições de ensino, assim como profissionais bibliotecários, surgem nesse processo para contribuir na realização do acesso aberto, atuando como mediadores da informação criada nos diferentes núcleos de pesquisa científica.

Em pesquisa realizada por Santos (2015), é tratado o aspecto vanguardista das Leis de Ranganathan. O autor defende que os conceitos defendidos por Ranganathan são influentes até hoje, mesmo após décadas de sua publicação. Em suas primeiras publicações, defendia o livre acesso à informação e que a biblioteca, como mecanismo vivo, tem o dever de proporcionar acesso à informação. Esses são os passos para a democratização da ciência.

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Referências

ANTUNES, M. L.; SANCHES, T.; LOPES, C. Literacia da informação: o primeiro degrau para a Ciência Aberta. In: A Ciência Aberta o contributo da Ciência da Informação: Atas do VIII Encontro Ibérico EDICIC. Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, p. 47-56. 2017. Disponível em: https://repositorio.ipl.pt/handle/10400.21/7707. Acesso em: 16 nov. 2020.

ROLLO, M. F. Ciência aberta, conhecimento para o desenvolvimento. Anais Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Supl. 2. v.15, 2016. Universidade Nova de Lisboa. DOI https://doi.org/10.25761/anaisihmt.129. Disponível em: https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/129. Acesso em: 16 nov. 2020.

SUBER, Peter. Open access. Cambridge, Mass: MIT Press, 2012.

SANTOS, I. L. A informação e suas leis: um paralelo entre o pensamento de Ranganathan e o de Moody e Walsh. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, [S. l.], v. 13, n. 3, p. 469-479, 2015. DOI: DOI: https://doi.org/10.20396/rdbci.v13i3.8635792. Disponível em: https://www.periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/8635792/822.

Acesso em: 18 nov. 2020.

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Publicado

2020-12-07

Como Citar

Gomes, R. da S. (2020). Ciência Aberta: breve reflexão. Ciência Da Informação Express, 1, 1–3. Recuperado de https://cienciadainformacaoexpress.ufla.br/index.php/revista/article/view/10

Edição

Seção

Artigo de comunicação

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